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terça-feira, 23 de abril de 2024

“A violência contra a mulher está presente em todas as camadas sociais”, diz gestora da CPPM em Amambai

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O contexto da fala de Priscila Judice Lemes é a celebração do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio nesta quarta-feira (1º).

01/06/2022 08h48 – Por: Patrícia Dapper / Secom

Ao menos uma mulher é morta a cada 24 horas no Brasil. No Mato Grosso do Sul, de acordo com a Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPPM) em 2019, 30 foram vítimas de femicídio e 98 sobreviveram para contar a sua história. Diante de toda essa violência que atinge as mulheres sul-mato-grossenses, foi instituído o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, celebrado nesta quarta-feira, 1º de junho.

Mas o que é o Feminicídio? Feminicídio é o assassinato de uma mulher por questões de gênero; ou seja, quando a vítima é mulher e quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Suas motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres.

A gestora da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM) em Amambai, a advogada Priscila Judice Lemes, caracteriza o feminicídio como o ápice de um círculo de violência que, muitas vezes, começa com xingamentos. “O agressor dá diversos indícios antes de cometer o crime. Xingamentos, violência material, violência psicológica, agressão física até que chega ao ápice, que é o assassinato”, explicou.

Em razão disso, Priscila alerta sobre a importância da denúncia logo nos primeiros indícios de violência. A denúncia pode ser feita por meio do número 180, na Polícia Militar, na Polícia Civil e até mesmo na Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres, que assim que é notificada, aciona toda a rede de enfrentamento à violência.

“Nós, mulheres, precisamos estar sempre atentas e parar de achar que isso nunca vai acontecer com a nossa família, porque pode sim, acontecer dentro da nossa casa! A violência contra a mulher não está restrita somente às famílias mais vulneráveis, ela está presente em todas as camadas sociais”, disse Priscila.

Números para denúncias

Caso você seja vítima de violência doméstica ou saiba de alguém nesta situação, acione a rede de enfrentamento por meio do número 180 ou a Polícia Militar, no 190. Seu silêncio pode matar!

Foto: Secom

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