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Equipe da educação especial de Amambai participou do 1° Simpósio sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Naviraí
No primeiro semestre de 2019, a equipe da educação especial de Amambai participou do 1° Simpósio sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) da região do Conesul, na cidade de Naviraí.
O evento contou com a participação multidisciplinar de uma rede de apoio especializada no atendimento às pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, dentre estes um médico neurologista, um cirurgião dentista, uma fonoaudióloga, um fisioterapeuta e uma enfermeira, que além de ter atuado na atenção básica do Sistema Único de Saúde e atualmente estar trabalhando na atenção especializada, também é mãe de uma criança diagnosticada com o transtorno. Além destes profissionais, ainda contou com esclarecimentos a respeito dos direitos da pessoa com autismo e a perspectiva de alterações legislativas, com o advogado José A. Oliveira.
O neurologista Dr. Thiago Santos, destacou sobre a importância das entrevistas iniciais, da avaliação e do diagnóstico precoce, bem como do trabalho da equipe multidisciplinar e os diagnósticos concomitantes ao Transtorno do Espectro Autista, além disso, enfatizou sobre as orientações para as famílias e as estratégias e encaminhamentos necessários a partir do diagnóstico, que pode levar meses de investigação.
O cirurgião dentista, Dr. Saulo Botelho enfatizou que o autista também necessita do atendimento e acompanhamento odontológico, no entanto ressaltou os cuidados especiais necessários no atendimento a estes pacientes, uma vez que o mesmo pode ter dificuldade em se adaptar a novas situações. Dr. Saulo apresentou algumas estratégias que podem facilitar durante o atendimento, também destacou a importância de estabelecer uma rotina de acompanhamento odontológico para estes pacientes e não esperar alguma eventualidade ou dor para procurar o dentista, haja visto que a dificuldade será maior.
Quanto ao acompanhamento fonoaudiológico, a fonoaudióloga Thais C. Deves, discorreu sobre as habilidades comunicativas, a interação com o meio e com o outro e a estimulação de linguagem em terapia, na família e na escola. Destacando a importância de se desenvolver a autonomia e independência da criança.
No que se refere à fisioterapia, o evento contou com a explanação do fisioterapeuta Saulo Félix que ressaltou sobre a prática da Equoterapia como recurso para o desenvolvimento Psicomotor da criança com TEA.
Todos os profissionais envolvidos no evento destacaram a importância da Anamese Minuciosa e do desenvolvimento de estratégias para o tratamento e desenvolvimento da criança com TEA.
Marina Rodriguez, enfermeira e mãe de criança com autismo falou sobre a dificuldade de aceitação, o luto pela "perda" do filho ideal diante do diagnóstico e o enfrentamento e engajamento da família no tratamento. Marina terminou seu discurso com as palavras "só busca quem tem dúvida, só aprende quem questiona e só sai do lugar quem sai da zona de conforto".
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