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Em entrevista ao CG News, família de Elenir Mattoso afirma que mulher não procurou atendimento
Márcia Rosa de Bairros, filha de Elenir Mattoso Bairros, segundo óbito de COVID-19 no município de Amambai, cedeu entrevista ao site Campo Grande News e contou que a mãe passou cerca de uma semana enfrentando a doença sozinha, sem buscar ajuda.
Elenir morava sozinha e as filhas em Dourados, segundo a filha, era uma mulher forte, que não desistia fácil e que tentou resistir até o fim. Os primeiros sintomas apareceram em 21 de junho, dois dias depois de ter estado na cidade vizinha, acompanhando uma das três filhas ao médico.
Ela conta que a mãe ligou queixando-se de dores nas pernas e na cabeça. Suspeitou-se de uma gripe e foi até o Hospital Regional em Amambai, onde fez um teste rápido de covid-19 que deu negativo. Raio-x também foi realizado, mas não havia qualquer alteração mais grave. Ela não informou que havia estado em Dourados.
Apesar da piora no quadro, nada nem ninguém convenciam Elenir de procurar o hospital e levá-la à força parecia um desrespeito, mas devido durante visita das filhas o mal súbito fez com que ligassem para os bombeiros e eles a levaram ao Hospital, onde informaram que a mesma havia realizado a viagem.
No Hospital Regional de Amambai, os profissionais receberam Elenir e de imediato colheram novo teste rápido, que segundo Márcia, deu negativo para covid-19. Entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, ela ficou em área isolada no hospital. De volta à casa de mãe, as filhas mal chegaram e o telefone tocou, pedindo para que voltassem ao hospital, quando informou que ela teve outra crise, convulsão e parou de respiral.
Ela foi enterrada em Dourados, ao lado do marido, falecido há 12 anos. O resultado positivo saiu através do RT-PCR alguns dias após o falecimento. Além de três filhas, Elenir deixa cinco netos e uma bisneta.
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