O prefeito de Amambai, Dr. Edinaldo Luiz de Melo Bandeira, recebeu em seu gabinete na manhã desta segunda-feira (27), a professora Aparecida Benites (Kunha Mbo'y Arandu), acompanhada da pesquisadora da Fiocruz Pernambuco, doutora em saúde pública, Islândia Carvalho.
Fruto de um trabalho de pesquisa que teve início há quase uma década, o livro Pohã Ñana (Plantas Medicinais): fortalecimento, território e memória Guarani e Kaiowá, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco e pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp-RJ) conta com o trabalho da professora e historiadora amambaiense Aparecida Benites, Kunha Mbo'y Arandu.
A obra, que valoriza as práticas tradicionais de cura utilizadas pelos povos Guarani Kaiowá e repassadas pelos nhaderus e nhandesys — os rezadores e rezadoras — cataloga 79 plantas rasteiras e árvores árboreas que servirão de subsídio para pesquisas por todo o mundo. Além disso, de acordo com Aparecida, as pesquisas para o livro tiveram um impacto muito grande na relação com esses anciãos. “Recebemos um olhar diferente dos nhaderus e nhandesys, nos aproximamos deles e pudemos resgatar esses saberes tão importantes para a nossa cultura”, ponderou a historiadora amambaiense.
A pesquisadora da Fiocruz Pernambuco e coordenadora executiva do Observatório Nacional de Práticas Integrativas e Saberes Tradicionais, Islândia Carvalho explica que o livro é um dos frutos da pesquisa Práticas tradicionais de cura e plantas medicinais mais prevalentes entre os indígenas da etnia Guarani-Kaiowá, na região Centro-Oeste coordenada por ela e pelo pesquisador Paulo Basta, Ensp-RJ. O trabalho foi iniciado em 2013, na investigação do mote dos crescentes casos de tuberculose entre a comunidade indígena amambaiense e as plantas que a comunidade usava para os tratamentos.
O prefeito de Amambai, Dr. Edinaldo Luiz de Melo Bandeira, recebeu as pesquisadoras em seu gabinete na manhã desta segunda-feira (27) e ressaltou sua admiração pelos saberes indígenas. “Como prefeito e médico, tenho um grande respeito pela cultura Guarani Kaiowá e sei da importância dos saberes tradicionais da nossa comunidade indígena; é um grande orgulho saber que estes conhecimentos se tornarão fonte de estudo para o mundo inteiro”, finalizou Dr. Bandeira.
A obra pode ser baixada no link: https://portolivre.fiocruz.br/poh%C3%A3-%C3%B1ana-n%C3%A3nombarete-tekoha-guarani-ha-kaiow%C3%A1-arandu-rehegua-plantas-medicinais-fortalecimento
Fonte e Fotos: Patrícia Dapper/SECOM
Amambai