A psicóloga Elenice Peixoto da Costa dos Santos, lotada na Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Amambai, esteve presente no II Congresso e III Simpósio de Avaliação Psicológica, em Maceió (AL). Na ocasião, a profissional apresentou o trabalho que tem como tema: Autorregistro como instrumento de avaliação do comportamento de automutilação em adolescentes, fruto de sua dissertação que vem sendo elaborada durante o mestrado em Psicologia que está cursando na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), sob orientação do Professor Doutor Paulo Roberto dos Santos Ferreira.

Nesta oportunidade, Elenice abordou como o comportamento tem aumentado significativamente nos últimos anos e como um olhar diferenciado pode ajudar pessoas em sofrimento. A automutilação tem sido definida como qualquer comportamento intencional que envolva agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio e não socialmente aceita dentro da cultura, nem para exibição. Já o autorregistro, ou automonitoramento, é entendido como o comportamento de observar e registrar sistematicamente a ocorrência de algum evento emitido pela própria pessoa, bem como eventos ambientais associados. Trata-se de uma estratégia utilizada como controle de estímulos, que tem como objetivo auxiliar os participantes da pesquisa a observarem o comportamento a ser analisado/avaliado, além de proporcionar o autoconhecimento dos sujeitos a respeito da própria conduta.

Sugere-se que a reatividade do autorregistro está relacionada com a alteração da frequência do comportamento, geralmente, na direção desejável, ou seja, reduzindo os comportamentos inadequados e/ou aumentando os comportamentos adequados. Essa mudança se dá em virtude do registro que a pessoa faz do próprio comportamento, quanto maior o tempo de autorregistro, maior a tendência à mudança.

Essa técnica possibilita a avaliação, auxilia no diagnóstico, prognóstico e nos encaminhamentos necessários ao sujeito em sofrimento. Conclui-se, neste caso, que o autorregistro é uma importante ferramenta de avaliação do comportamento e dos estados emocionais do indivíduo que se mutila.

Para apresentar seu trabalho em Maceió, a psicóloga contou com o apoio da Prefeitura de Amambai, através da Secretaria Municipal de Educação, que não mede esforços para que a Educação Especial do município tenha a visibilidade necessária e ofereça a todos os alunos um perfeito atendimento.